• Todas as memorias do(a)"Pinto":
  • 2003-2008: Construção e Inauguração do Centro Pastoral da Igreja Católica de Barra de São MIguel - PB (Parte 4)

    Concluindo esta série de matérias sobre a construção do Centro Pastoral Dom José Luiz, vejamos um pouco do público presente no evento realizado na noite de 20 de abril de 2008.

    Imagem 1
    As pessoas acompanham atentamente as homenagens prestadas e as falas dos convidados, em especial os padres que passaram pela comunidade, bem como as pequenas biografias que eram lembradas dos nomes dos diferentes ambientes do Centro Pastoral.

    Imagem 2
    Nesta imagem 2 vemos mais populares sentados nos bancos da praça em frente ao Centro Pastoral. Atentamente acompanham a cerimônia de inauguração. Percebe-se que, crianças, jovens e adultos se posicionam de forma a acompanhar todos os detalhes.

    Imagem 3
    Como já mencionado, o Centro Pastoral Dom José Luiz teve seus ambientes, internos e externos, nomeados com diferentes personalidades da comunidade que ao longo dos anos contribuíram, com seus diferentes dons, para o desenvolvimento do catolicismo na cidade. Entre estes homenageados, destacamos nesta imagem 3 os familiares do sr. Abílio Pedrosa, nome que foi escolhido para a Praça em frente ao Centro Pastoral.

    Imagem 4
    Nesta imagem 4 vemos o sr. Adailton da Costa Pinto acompanhado de sua mãe, a sra. Carminha, que foi o nome escolhido para o ambiente do camarim existente no Centro Pastoral. Personalidade marcante na cultura local, a sra. Carminha foi homenageada.

    Imagem 5
    O Hall de entrada do Centro Pastoral foi nomeado em homenagem ao dr. Hélio Correia Pinto. Nesta imagem 5 vemos sua esposa, a sra. Fátima Pedrosa lendo o discurso de agradecimento em nome do sr. Hélio Pinto, que já acometido de doença degenerativa se encontra sentado em segundo plano na imagem.
    Nesta imagem 5 vemos ainda a jovem Wilza Pinto, filha da sra. Maria da Paz, cantora querida na comunidade, falecida, que foi homenageada com o nome em uma das salas do Centro Pastoral.

    Imagem 6
    Nesta sexta imagem vemos a sra. Terezinha Bernardo, filha do sr. Antônio Bernardo, sacristão por muitos anos da Igreja de Barra de São Miguel. Já falecido, o mesmo foi homenageado com seu nome em uma das salas do Centro Pastoral. Representando a sra. Joanita da Silva, catequista, cantora, professora e exemplo de pessoa virtuosa perante à comunidade, se encontra a sra. Conceição, conhecida "São de Preá", a representá-la.
    Registre-se que, apesar de não dispormos de imagens de outras homenagens, destacamos que a senhora Maria Edite do Nascimento, "Maria de Tereza",zeladora por muitos anos da Igreja de São Miguel, também foi lembrada para nomear uma das salas do ambiente.

    Imagem 7
    Nesta imagem 7 temos um registro de nossa participação nesta noite festiva. Fizemos o cerimonial a partir das pesquisas e inúmeras histórias contadas naquela noite de 20 de abril de 2008.


    João Paulo França, 06 de dezembro de 2022.

    Acesse também as demais matérias desta série:

    2003-2008: Construção e Inauguração do Centro Pastoral da Igreja Católica de Barra de São Miguel - PB (Parte 3)

    2003-2008: Construção e Inauguração do Centro Pastoral da Igreja Católica de Barra de São Miguel - PB (Parte 2)  

    2003-2008: Construção e Inauguração do Centro Pastoral da Igreja Católica de Barra de São Miguel - PB (Parte 1)




    Fonte:

    Acervo e informações de José Clemilton Truta.

    João Pinto da Silva (Série Biografias nº 11)


    João Pinto da Silva nasceu no dia 24 de dezembro do ano de 1897, seus pais eram Francisco Pinto e Maria da Conceição Pinto. Casou-se duas vezes, no primeiro casamento com Josefa Alves Feitosa teve dois filhos, Maria Pinto e José Pinto da Silva e no segundo casamento com Nadir Corrêa de Araújo teve quatro filhos: Hélio Pinto, Glorinha Pinto, Eliane Pinto e Terezinha Pinto. Era um comerciante bastante conhecido na cidade de Barra de São Miguel-PB, comprava algodão dos agricultores locais e revendia e ia fazer compras em Limoeiro-PE para sua BODEGA. Pessoa muito respeitada na cidade, tem a fama do homem mais pagador que havia, auxiliava as pessoas, tomava sempre parte nas festas religiosas, além de hospedar em sua casa os padres que vinham celebrar em nossa comunidade. Foi eleito vereador e nesse período também foi Presidente da Câmara de Vereadores. Ainda foi Patrono do GRÊMIO LITERÁRIO CASTRO ALVES, da Escola Cenecista Thomaz de Aquino. Foi homenageado com seu nome na primeira escola de ensino médio e em uma das principais ruas da cidade. Faleceu em 04 de Julho de 1982.


    Fonte: Sílvio Gomes (neto) e José Raimundo (Zé de David).
    Pesquisadores: Maria Eduarda, Isabelly Galdino,
    Rafael Santos e Thaysa Arruda (EEMT).

    1 - Esta Biografia e as demais desta série foram produzidas pela Secretaria Municipal de Educação de Barra de São Miguel para a V FLIBARRA - Festival Literário de Barra de São Miguel - realizada entre os dias 17, 18 e 19 de maio de 2018. Agradecemos a Sanção Lins que gentilmente nos cedeu as pesquisas apresentadas no evento.

    1970 - Chegada da Luz elétrica da SAELPA em Barra de São Miguel - PB (Parte 3)

    A luz elétrica fornecida pela CHESF foi inaugurada em Barra de São Miguel no dia 26 de abril de 1970. Vejamos a reportagem especial do Diário da Borborema que trata deste dia e dos festejos realizados para marcar esta data.

    Diário da Borborema de 28 de abril de 1970.
    “PROCURA-SE UMA CIDADE SEM LUZ NA PARAÍBA”
    Barra de São Miguel viveu ante-ontem seu maior dia, indiscutivelmente, quando às dezessete horas, o Governador João Agripino acionava a chave que ligava o município ao sistema energético da CHESF. Foi um dia significativo para a Paraíba, porque Barra de São Miguel vizinha à fronteira com Pernambuco era a última cidade paraibana que faltava chegar a energia de Paulo Afonso.

    Afluência
    Com uma afluência de público jamais vista naquele jovem município, desenvolveu-se um bem elaborado programa de festividades cumprido à risca: churrasco campal, em que se misturaram autoridades e povo numa verdadeira confraternização, exibição de cantadores populares por quase todo o dia, competição entre as equipes de manutenção dos Escritórios Regionais da SAELPA na técnica de levantamento de postes e equipamento e, às 17 horas, o ponto máximo, benção solene das instalações e acionamento da chave geral, ligando à rede elétrica de Paulo Afonso o município de Barra de São Miguel completando o ciclo planejado pelo governo do Estado de eletrificação dos 171 municípios do Estado.

    Personalidades
    Além de Prefeitos da maioria dos municípios vizinhos, e do próximo Estado de Pernambuco registrou-se a presença do Governador João Agripino, Secretários de Estado, General Otaviano Mazza, presidente da SAELPA; Engenheiros José Carlos Coutinho e Francisco das Chagas Lopes pela empresa Delta Engenharia Ltda., que construiu a maior linha de transmissão de energia elétrica no Estado da Paraíba; Engenheiro Sulamir Carapajó, representando a Diretoria da Eletrobrás; Engenheiro Alcindo Aguiar, Diretor da Divisão Econômica do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica do Ministério das Minas e Energia, representando o Diretor Geral daquela entidade, Deputados Estaduais e outras altas personalidades. A festa teve caráter popular, podendo a população de Barra de São Miguel dar vazão a seu entusiasmo por toda parte em que esteve a reportagem. Os Diários Associados fizeram representar pela cronista Graziela Emerenciano.

    Oradores
    No ato solene da inauguração ouviram-se os seguintes oradores:
    Prefeito José Pinto, de Barra de São Miguel, o anfitrião que proferiu a seguinte oração: “Sr. Governador:
    Quero, em poucas palavras, em nome de todo povo de Barra de São Miguel, desejar-lhe os melhores votos de boas vindas ao mesmo tempo em que tenho a honra de entregar simbolicamente, a V. Excia. a chave de nossa cidade. Faz-se necessário exteriorizar-lhe o nosso contentamento e alegria em proporcionar à gente humilde de Barra de São Miguel esse nobre encontro, que se constituirá no maior acontecimento do ano. Primeiro, porque V. Excia. veio realizar um anseio generalizado de nosso povo, a vontade imensa de conhecer através de um contato direto, o maior e mais atuante Governador que a Paraíba já teve em todos os tempos, depois porque das mãos de V. Excia é que chegou para nossa comunidade a chave impulsionadora do progresso. A eletrificação de Barra de São Miguel é a concretização de um fato que parecia uma utopia. No momento, V. Excia com a garra e a coragem que lhe são peculiares não olhou o valor exorbitante do investimento, e trocou tudo pela lembrança imorredoura e o agradecimento imortal do povo de Barra de São Miguel”.
    A cronista Graziela Emerenciano representando os Diários Associados, proferiu as seguintes palavras:
    “Hoje, a Paraíba teve um alvorecer mais alegre. Alegre, por saber que ao por do sol nenhum dos seus municípios estará às escuras. Até dos céus caíram chuvas de bênçãos sobre a terra comemorando o acontecimento. Unidos, Governo e povo executaram a obra que a nosso ver é uma das mais importantes para o desenvolvimento e a libertação econômica de nossa terra. Por esses cabos e fios corre a seiva que impulsionará o progresso gerando riquezas e, consequentemente melhorando o nível de vida de nosso povo. Parabéns Governador João Agripino! Parabéns, Prefeito José Pinto! Digo-o em nome dos Diários e Emissoras Associados que ora represento. Uma esperança nova corre nas estradas que V. Excia. construiu sr. Governador, na perspectiva de um futuro promissor. Por força de tudo isso é válido dizer: “Procura-se uma cidade sem luz na Paraíba”.
    Usaram da palavra, ainda o General Otaviano Mazza, presidente da SAELPA que em brilhante e circunstanciada oração disse da gigantesca obra que essa empresa vem realizando na Paraíba: expendendo preciosos dados que bem demonstram o esforço, a planificação e a seriedade com que ora se trata o primordial assunto da eletrificação do Estado, como fator de especial importância para sua infra-estrutura.
    Após o Presidente da SAELPA falou o engenheiro Sulamir Carapajó, representando a diretoria da Eletrobrás, que em brilhante improviso disse da significação da obra a cuja inauguração se procedia naquele momento.
    Por fim, o Governador João Agripino discursou.
    De sua oração (improviso) pode a reportagem destacar alguns tópicos. “Concluímos ou realizamos um sonho. Prometi aos paraibanos que deixaria a Paraíba eletrificada. Eu queria obstinadamente, ninguém acreditava e eu tinha dúvida se realizaria essa obra”, disse. Demorou-se em considerações sobre o trabalho do General Otaviano Mazza à frente da SAELPA, sem poupar elogios. Referiu-se ao lugar honroso que a Paraíba desfruta em condições de eletrificação – 2º lugar no País. Mesmo no Sul do País, na Guanabara, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, tão ricos, não conseguiram eletrificar todas as suas cidades. “Profundamente generoso, Deus tem acompanhado todos os passos de minha administração, coroando de êxito tudo que planejei”. Aludiu ao aspecto da ordem pública e da repressão dos abusos de que o Estado vem se beneficiando. E destacou sua ação, dando conta de que, por ela, o povo tem motivos para confiar em sua polícia. “Nunca vi polícia bater em rico mais vi muitas vezes polícia bater em pobres e ficar por isso mesmo. Tirei a farda de muitos porque a farda é do Estado e paga com dinheiro do povo para garantir esse mesmo povo”.

    OUTRAS OBRAS
    Conquanto fosse a inauguração da eletrificação o motivo da festa o Governador inaugurou também o Posto de Saúde de Barra de São Miguel e um Grupo Escolar em um de seus distritos. 

    Em breve, postaremos os detalhes da parte social deste dia.

    João Paulo França, 11 de setembro de 2018.

    Fonte:


    Cândido Casteliano: Biografia escrita por José Silvio Gomes

    Cândido Casteliano: a nomenclatura da avenida principal de Barra de São Miguel nos dias atuais, todavia, quem foi este personagem histórico? Qual sua ligação com a cidade? Em que época viveu? Qual ou quais os seus legados? Estas e outras questões podem ser respondidas a partir do texto biográfico produzido pelo pesquisador José Silvio Gomes, que se encontra exposto no Museu Municipal David Ferreira. A seguir, expomos imagens de Cândido Casteliano e sua residência em Barra de São Miguel:

    Imagem 1 - Acervo do Museu Municipal David Ferreira

    Vejamos a imagem e a transcrição do texto "Cândido Casteliano", escrito em 2005 por José Silvio Gomes:
     

    CÂNDIDO CASTELIANO

    Nasceu em 03 de outubro de 1875, no povoado de Barra de São Miguel, distrito de Cabaceiras, na então província da Paraíba era filho de Marçal Bezerra da Silva e Joaquina Maria de Jesus, mais conhecida por Tininha, eram seus irmãos, Joaquim Marçal, João Marçal, Mássimo Bezerra, Marcelino e Maria Joaquina da Conceição, também chamada de Mariazinha, esta se casou com Francisco Pinto da Silva, originando a família Pinto da Barra de São Miguel.
                Cândido se casou com Bazilissa, ela com 19 anos e ele com 20 anos, o casamento realizou-se na Capela de São Miguel, no ano de 1895.
                Cinco anos depois, no ano de 1900, nasceria um menino batizado com nome de Luiz e dois anos depois uma menina que a família chamava de Lalinha. Ambos nasceram na casa de residência do casal, a primeira casa construída no início da rua mais estreita, já que só havia uma única rua na vila da Barra de São Miguel, esta bastante larga. Atualmente é a primeira casa da rua Thomas de Aquino, situada em frente ao prédio da Prefeitura Municipal.
                Era o mais importante comerciante da vila e na sua loja anexa a casa residencial vendia fazendas (tecidos), miudezas (aviamentos), ferragens e outros bens de consumo da época. Exercia o cargo de delegado de polícia na vila de Barra de São Miguel, quando no dia 21 de maio de 1906, foi vítima do famigerado cangaceiro Antônio Silvino, que o manteve refém durante horas, com um punhal na sua garganta e estava decidido a sangrá-lo, mas a súplica, que de joelhos sua mãe fizera diante do cangaceiro o salvou a vida.
                Solicitou ao governo estadual uma força militar, mais bem equipada e com mais homens, capaz de perseguir e prender Antônio Silvino, mas não foi atendido.
                Desprestigiado pelo próprio governo ao qual servia, entregou o cargo de subdelegado e preocupado com a sua segurança pessoal, já que a diminuta força policial da vila não teria condição de conter um novo ataque dos cangaceiros. Neste mesmo ano de 1906, vendeu todos os seus bens imobiliários e em companhia da sua mulher e dos seus dois filhos, deixou definitivamente a vila da Barra de São Miguel e foi morar na cidade de Patos. Do ponto de vista comercial foi uma decisão acertada, sobretudo pela posição geográfica magnífica desta cidade, sem igual no sertão da Paraíba. No período de 1909 a 1932, Patos passou de 173 para 1.110 casas, cresceu em média 8,42% ao ano, de todas as cidades da Paraíba, só Campina Grande teve crescimento semelhante, passou de 820 para 5.257 casas, cresceu 8,41% ao ano, enquanto a vila de Cabaceiras, passou de 95 para 155 casas, cresceu em média 2,15% ao ano.
                Bazilissa faleceu aos 37 anos de idade, na cidade de Patos, no ano de 1913, deixando órfãos os menores, Luiz com 13 anos e Lalinha com 11 anos e ele viúvo aos 38 anos de idade. Não sabemos de voltou a casar novamente.
                No ano de 1917 Luiz cursava o ensino médio na capital paraibana, também chamada Paraíba, sendo escolhido o melhor aluno entre os 334 do Colégio Diocesano Pio X, onde era um dos internos, foi laureado com a medalha do mérito escolar, que recebeu das mãos do presidente da Paraíba de então, Camilo de Holanda. Neste educandário foi colega de Firmino Leite, Oswaldo Trigueiro, Alcides carneiro e outros. Posteriormente foi estudar medicina no Rio de Janeiro, onde se formou no fim do ano de 1926, casou-se com Irma, uma portuguesa radicada no Brasil, tiveram filhos, morou e clinicou na cidade maravilhosa, onde morreu nos fins dos anos 80 do século passado, mas nunca esqueceu a casa onde nasceu e morou até os seis anos, a Capela de São Miguel e o cruzeiro da sua frente, este segundo Cândido era a obra de seu irmão Mássimo, o único marceneiro da Barra no fim do século XIX. As lembranças da sua terra querida, as quais traduziu em versos estão no livro Castelo de Ilusões, publicado no ano de 1971.
                Ainda em vida, Cândido teve a grande alegria de saber, que seu filho Luiz concluíra o curso de medicina, o primeiro da cidade de Patos, como também o primeiro filho da Barra a formar-se médico.
                Morreu na cidade de Patos, aos 57 anos de idade, no ano de 1932

    Por: José Silvio Gomes, Santa Cruz do Capibaribe, 26 de setembro de 2005


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    João Paulo França, 12 de maio de 2018.

    Fonte:

    Acervo do Museu Municipal David Ferreira. Texto "Cândido Casteliano" de José Silvio Gomes.