1961 - Lei Estadual da Paraíba nº 2.305. Qual a sua importância?

Nosso site em mais uma análise do passado de Barra de São Miguel - PB trás uma interessante passagem da História local. Trata-se da Lei Estadual da Paraíba nº 2.305, de 17 de junho de 1961. Todavia, qual a importância desta legislação? Vejamos uma bela imagem a seguir, que de certo modo trás a pista da resposta para a nossa pergunta:

Imagem 1 - Rede Social de Evandro Pinto
A princípio não temos a informação acerca da pessoa que está no canto esquerdo da fotografia 1. Vemos a fachada da Igreja barrense em um período longínquo onde ainda temos a árvore que alguns dos moradores locais lembram como o "pé de fixo". Parte da parede do cemitério local ainda é visivel no lado direito da igreja.
Esta recordação pessoal acaba por nos mostrar como o lugar era conhecido no período da fotografia. A legenda: "LEMBRANÇA DA FESTA DE SÃO MIGUEL EM POTIRA" é uma interessante fonte do passado de Barra de São Miguel. Vê-se que o nome "POTIRA" foi utilizado por algumas pessoas, apesar de muitos moradores locais não se identificarem com tal nomenclatura, que foi imposta, segundo Luiz Casteliano, pelo Decreto-Lei Estadual nº 520, de 12 de dezembro de 1943. 
A seguir, vejamos a cópia e a transcrição da referida Lei estadual nº 2.305, de 1961, que restituiu o nome de "BARRA DE SÃO MIGUEL" a esta localidade:



Lei nº 2.305, de 17 de Junho de 1961

Restaura a antiga denominação de Barra de São Miguel, atual distrito de Potira.

O Governador do Estado da Paraíba:

Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O atual distrito de Potira voltará a sua denominação anterior de Barra de S. MIguel.

Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Palácio do Governo do Estado da Paraíba, em João Pessoa, 17 de Junho de 1961; 72º da Proclamação da República.

Pedro Moreno Gondim

Em matérias posteriores voltaremos a esta temática da nomenclatura de Barra de São Miguel.

João Paulo França, 30 de novembro de 2017.

Fonte:

CASTELLIANO, Luiz Gonzaga. Castelo de Ilusões - prosa e verso. Rio de Janeiro: Gráfica do Exército, 1971.
PARAÍBA. Assembleia Legislativa. Lei nº 2.305/1961. Disponível em: http://www.al.pb.leg.br/leis-estaduais 
Rede Social de Evandro Pinto.

Nossa Senhora da Paz - Coral de Barra de São Miguel - PB.

"Nossa Senhora da Paz": um dos mais belos hinos entoados pelas senhoras do Coral Católico de Barra de São Miguel, PB é nosso destaque desta matéria acerca da tradição religiosa local. Inicialmente vejamos os componentes que participaram deste registro:

Imagem do DVD - Coral de Barra de São Miguel: "Ora pro Nobis"
Vozes da esquerda para a direita:
Vera Lucia do Ó
Maria Edite do Nascimento (Maria de Tereza) (In memorian) 
Josefa do Nascimento Costa (Zefinha Costa) 
Marilene Dantas Diniz 
Edizia Pinto  
Maria da Conceição (Lica) 
Maria do Socorro Costa (Socorro de Osvaldo)
Maria Margarida do Socorro (Guida Hóstio)
Maria do Socorro Costa e Silva

Órgão: Alisson França do Nascimento
Direção: André da Costa Pinto

A seguir, apresentamos o vídeo que tem a duração de 3:44 minutos e foi gravado na Igreja de São Miguel Arcanjo pela produtora Quebra Panela. Clique na imagem para escutar esta bela obra prima musical:


Segundo a descrição no Youtube, este vídeo foi Publicado em 23 de abr de 2012 e é um “Trecho do DVD do “Coral de Barra de São Miguel: "Ora pro Nobis", produzido pela Quebra Panela”. Até esta data de 23 de novembro de 2017 já foi visualizado 8.855 vezes.

Se desejar, colabore conosco acerca das memórias de Barra de São Miguel. Nos envie fotos, vídeos ou demais fontes de conhecimento de nosso passado.
João Paulo França, 23 de novembro de 2017


Fonte:
Canal Pqpanela. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o8Xrjgls_1o . Acesso em 21 de novembro de 2017.
 

1976 - Lei Estadual de Criação do Distrito de Riacho Fundo - Barra de São Miguel - PB.

Nesta data nosso site volta sua atenção para o aconchegante Distrito de Riacho Fundo de Barra de São Miguel - PB. Em pesquisa no site da Assembleia Legislativa da Paraíba, encontramos a Lei Estadual nº 3.892 de 29 de dezembro de 1976, assinada pelo Governador Ivan Bichara Sobreira, que "Cria no Município de Barra de São Miguel o distrito de "Riacho Fundo" e dá outras providências". Por hora, vejamos uma imagem de 2014 da rua central do lugar:

Rua Central de Riacho Fundo - Fonte: Rede Social
A seguir, observemos a cópia da referida Lei Estadual 3.892/1976 que cria o distrito de Riacho Fundo:

Acervo da Assembleia Legislativa da Paraíba.
Segue a transcrição:

Lei nº 3.892, de 29 de dezembro de 1976.

Cria no Município de Barra de São Miguel o distrito de "Riacho Fundo" e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA:
faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica criado o distrito de "Riacho Fundo", no município de "Barra de São Miguel", com sede na atual povoação do mesmo nome, elevada à categoria de distrito.

Art. 2º - O distrito de "Riacho Fundo" constituído pelo território do povoado do mesmo nome, passará a ter os seguintes limites: Direção Sul, partindo da propriedade "Tatu", no limite do Município de Boqueirão, seguindo pelo mesmo limite até a propriedade "Canudos", inclusive, daí na direção Oeste pela estrada de "Riacho de Santo Antônio" a "Riacho Fundo", até encontrar a Serra da Cruz, daí pelo divisor de águas da mesma serra até encontrar os limites do Município de Cabaceiras na propriedade "Cachoeira-Velha" e daí seguindo pela divisa com o Município de Cabaceiras na direção Norte (Riacho Bolão) até encontrar o Rio Paraíba e por este em direção Leste e a bacia do Açude "Epitácio Pessoa", encontrando a propriedade "Tatu".

Art. 3º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Palácio do Governo do Estado da Paraíba, em João Pessoa, 29 de dezembro de 1976; 88º da Proclamação da República.

Ivan Bichara Sobreira

Pela transcrição, percebe-se que praticamente toda a parte norte do território de Barra de São Miguel ficou pertencente ao distrito de Riacho Fundo. Em breve, trataremos desta divisão territorial na Lei Orgânica do Município, datada de 1990. 

João Paulo França, 18 de novembro de 2017.

Fonte:

Acervo de Rede Social
Acervo da Assembleia Legislativa da Paraíba. Site: http://www.al.pb.leg.br/leis-estaduais

Vamos viajar nos anos 1970 e 1980? Vamos de "misto"!


Nosso site volta nesta data às décadas de 1970 e 1980. Por meio de acervo e informações do Sr. Eduardo Belo Barbosa, popularmente conhecido como "Eduardo do misto", podemos observar um dos meios mais populares de deslocamento da população interiorana em várias décadas passadas. Provavelmente muitos de nossos jovens nunca ouviram falar do "misto" e de sua importância econômica e social em nossa região. Com alegria, vejamos a imagem do "misto" do Sr. Eduardo:

Acervo do Sr. Eduardo Belo Barbosa (Eduardo do "misto")
Esta fotografia foi realizada no Sítio Pindurão, entre as cidades de Santa Cruz do Capibaribe-PE e Barra de São Miguel-PB. Na mesma estariam moradores barrenses como Antônio Simião, Zeca Belé, Sr. Bento, Mariquinha de Amaro de Chica.
O Sr. "Eduardo do misto" ainda reside no Sítio Jaques, divisa de Caraúbas com Barra de São Miguel. Foi um personagem que marcou época na região Cariri fazendo a rota com este veículo para a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, via Barra de São Miguel, na segunda-feira. De Caraúbas o mesmo fazia a linha para Campina Grande na terça e voltava na quarta-feira. Também saía na sexta e voltava no sábado. O mesmo recorda que fez viagens entre os anos de 1971 e 1983, ano que fez sua despedida da linha.
Entre as centenas de passageiros que transportou lembra diversos moradores da região, como os senhores Santiago, João do Jaque, Artur Arruda, Amaro de Chica, Zé Beco, Adaulto, Antonio Simião, dentre outros.
Tratando um pouco mais do caminhão "misto", com muita sensibilidade, Bernardo Issler faz o seguinte relato:

"Por "gênese" é um caminhão com dupla finalidade: transporta carga e passageiros. A cabine ou "boleia" é modificada, dando lugar a três ou quatro filas de bancos, cada uma recebendo cinco ou seis passageiros. Esta improvisação ocupa metade do comprimento do veículo. O restante da carroçaria recebe a carga. Sua importância é maior do que se supõe à primeira vista. Partindo de uma localidade que convenciona ser sede das atividades, faz a "linha" uma ou duas vezes por semana à capital do estado ou centro regional, distantes muitas vezes mais de quarenta léguas. Uma tabuleta de madeira, pintada a capricho, indica, do alto do pára-brisas, o destino: Misto Orós-Icó ou tantos outros: Jaguaribe-Ruças, Floriano-Oeiras-Picos, Jucás-Iguatu, Moçoró-Açu, etc. O motorista é figura de relevo, importante, popular e respeitado pelo seu grande valor "social". Por onde passa todos lhe conhecem, acenam, cumprimentam. Traz notícias, recados, cartas, bilhetes, volumes, etc.. . Basta pedir — seo João, me faz o favor de entregar lá no Croata, pra Maria do Socorro. . . — é uma carta de amor, escrita em letras trêmulas e disformes que o saudoso "cassaco" pede que entregue à sua namorada. Êle está trabalhando, já há tempo, na estrada que o DNOCS está abrindo".

A crônica completa sobre "o misto" pode ser acessada aqui  .

Tem mais alguma referência no nosso transporte? Será um prazer compartilhar por aqui.

João Paulo França, 07 de novembro de 2017.



Fonte:

Imagens e informações do Sr. Eduardo Belo Barbosa
ISSLER, Bernardo. O misto. Disponível em:  http://www.consciencia.org/o-misto-pau-de-arara-na-regiao-nordeste-do-brasil . Acesso em: 07 nov. 2017.

2017 - V Encontro Municipal de Educação Ambiental - Cabaceiras - PB

Neste dia 03 de novembro de 2017 a cidade de Cabaceiras - PB acolheu o "V Encontro Municipal de Educação Ambiental", realizado na Escola Maria Neuly Dourado. Evento de grande importância e que acolheu diversos representantes do Cariri e teve por tema: "Cenários e desafios para o abastecimento de água no Semiárido paraibano".


Autoridade religiosa, representantes do Executivo e Legislativo municipal, professores, estudantes e população em geral prestigiaram o evento, que contou com exposições de experiências exitosas da prática ambiental nas escolas cabaceirenses, bem como apresentações culturais de cunho teatral e musical.


O evento contou também com significativa programação, que entre outras temáticas, refletiram sobre: "Relato Histórico da Seca no Semiárido Nordestino", com exposição do Pe. João Jorge Ritfeld; "Consumo e Qualidade da Água", com exposição da Professora Drª. Ilza Brasileiro - UFCG/CDSA e, por fim, a exposição: "Degradação e perdas do solo na Caatinga", feita pelo professor Dr. Hugo Morais - UFCG/CDSA.


Contribuímos com nossa participação na coordenação da mesa redonda que trouxe o tema: "O bioma Caatinga: cenário atual", com exposição da professora Dra. Alecksandra Vieira de Lacerda– UFCG/ CDSA. Entre seus ensinamentos destacamos sua fala apaixonada pela Caatinga e os diversos desafios que devemos observar em nosso cotidiano para que este bioma seja respeitado e visto como fundamental para a convivência do ser humano no semiárido.
 


Ao final, destacamos a visita in loco a uma propriedade rural próximo a sede do município, onde os participantes do encontro puderam observar na prática diversos exemplos de manejo e cultivo sustentável. Foi o estudo de Campo: "Sistemas de Irrigação e Manejo Adequado do Solo/ Fazenda Emas", com exposição do Professor Lázaro Farias.


Registramos nesta data o continuar desta bela semente, que já se encontra em sua 5ª edição, que é o Encontro Municipal de Educação Ambiental de Cabaceiras-PB. Parabéns ao secretário de Educação, Sr. Paulo Rogério e sua equipe, pela qualidade da organização e criatividade do evento.

João Paulo França, 03 de novembro de 2017.

Fonte de imagens:

Acervo pessoal
Rede social da Prefeitura Municipal de Cabaceiras-PB

2010 - Mosaico da "Via-sacra" no Cemitério de Barra de São Miguel-PB

Neste 02 de novembro, dia de finados, trazemos em nosso portal o registro da construção do mosaico da "Via-sacra" no Cemitério São Miguel, da sede do município de Barra de São Miguel - PB. Vejamos a seguir registros desta obra coletiva:

Imagem 1 - Acervo de Alisson Nascimento
No ano de 2010, por meio de uma ação do CRAS - Centro de Referência da Assistência Social - da Prefeitura de Barra de São Miguel - PB, diversos jovens participaram de um curso em mosaico e desenvolveram sua arte na fachada do cemitério São Miguel, na sede do Município.

Imagem 2 - Acervo de Alisson Nascimento
O trabalho resultou na inscrição em mosaico do nome do cemitério e no desenho das 15 estações da Via-sacra cristã. Vejamos imagens desta ação:

Imagem 3 - Dia 16 de junho de 2016
Como podemos observar nas fotografias apresentadas, uma bela sequência de cenas da vida e ação de Jesus Cristo que são tradicionalmente retratadas na Via-sacra, foram cuidadosamente desenhadas na fachada frontal do cemitério barrense.

Imagem 4 - Dia 16 de junho de 2017
Mais uma vez observamos acima a inscrição do nome oficial do cemitério barrense e abaixo uma das cenas da vida de Cristo, tudo em forma de mosaico.

Imagem 5 - Dia 16 de junho de 2017
Como nos ensina o professor Felipe Aquino: "A Via-Sacra, também chamada Via Crucis, é o trajeto seguido por Jesus carregando a cruz, que vai do Pretório até o Calvário. O exercício da Via-Sacra, como também é chamada, consiste em que os fiéis percorram, mentalmente, a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente à Paixão de Cristo. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que, então, percorriam, na Terra Santa, os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir, no Ocidente, a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém".

Em breve trataremos dos cemitérios da sede do município, suas construções e ampliações, bem como a transferência da parte lateral da igreja para o local atual.

João Paulo França, 02 de novembro de 2017

Fonte:

Acervo de Alisson Nascimento, Blog "Barra é notícia".
Acervo pessoal
Editara Cleofas. Como surgiu a prática da "Via-sacra"? Disponível em: http://cleofas.com.br/como-surgiu-a-pratica-da-via-sacra/. Acesso em 02 de novembro de 2017.