1972 - 2017: Visão panorâmica de Barra de São Miguel

Nesta matéria temos a oportunidade de conferir a mudança na paisagem urbana de Barra de São Miguel em três momentos distintos. Observemos a entrada da cidade a partir da serra, mostrando a chegada via Campina Grande, em diferentes datas, iniciando pelo ano de 1972.

Fotografia 1 - 1972 - Acervo da Sra. Teca Mulato
Nesta imagem panorâmica, rara, do ano de 1972, segundo descrição no verso da fotografia do acervo da Sra. Teca Mulato, temos a alegria de observar a cidade de Barra de São Miguel ainda formada por poucas ruas.
Observe que é visível a entrada da cidade, via Campina Grande através do conhecido "Beco de Zezé". Apesar da qualidade técnica da fotografia, é possível identificarmos o telhado da igreja de São Miguel em sua lateral para o norte e também a frente da Escola Melquíades Tejo.  Boa parte das casas existentes no período estão praticamente enquadradas na imagem, ou seja, ao redor da praça, igreja e escola. (Não estão visíveis as casas da hoje conhecida "rua Thomaz de Aquino").
Todavia, já é visível o crescimento da cidade para a direção sudeste, na região que por muito tempo as pessoas identificavam como a "Rua Nova", hoje nomeada de "rua Francisco Pinto". No mais, onde hoje é a expansão da cidade a partir da "rua Candido Casteliano", na época tínhamos apenas matagal e grandes partidos de cercas de "aveloz", que de certo modo servia para demarcar as propriedades particulares antes do uso das cercas de arame.
A seguir, vejamos uma segunda imagem realizada em posição semelhante:

Fotografia 2 - 2004 - Acervo da Sra. Teca Mulato
Esta segunda imagem já é, segundo o verso da fotografia, de junho de 2004. Percebemos claramente que a entrada via Campina Grande continua em estrada carroçável até o "beco de Zezé" e a cidade avançava na direção sudeste e sul, com as construções até o bairro do Alto da Bela Vista. Todavia, é visível que a expansão no sentido do sudoeste ainda é incipiente.
Para finalizar, vejamos uma imagem da atualidade:

Fotografia 3 - 2017 - Acervo de Bruno Lira
Nesta fotografia 3, do acervo do repórter Bruno Lira, registrada em 07 de junho de 2017, temos uma bela fotografia panorâmica da atualidade, que nos mostra a mesma chegada da cidade, porém agora com a pavimentação asfáltica da PB-196, inaugurada em 14 de dezembro de 2016. Além do asfalto, testemunhamos também o crescimento da cidade na direção sudoeste, região dos ginásios "O Chicão" e "O Luizinho".

Tem imagens panorâmicas de Barra de São Miguel em diferentes épocas? Compartilhe conosco!
João Paulo França, 21 de julho de 2017.

Fonte:

Acervo da Sra. Theresa Ferreira de Sousa (Teca Mulato)
Acervo de Bruno Lira. Disponível em: http://www.maispb.com.br/221886/imagem-panoramica-de-barra-de-sao-miguel.html. Acesso em 21/07/2017.

Caboclo Justino, um Comediante filho de Barra de São Miguel


Por Marcondes Pinto

Os mais jovens talvez não tenham ouvido falar, mas Caboclo Justino foi uma grande figura do município. Tinha na alma a veia cômica. Sujeito simples e de voz engraçada, vez por outra soltava suas piadas ao vento (as populares “puleras”), principalmente quando era “provocado” por amigos.
Caboclo estava sempre ali, pronto a fazer dos acontecidos cotidianos um ensaio para suas piadas. De inteligência matuta, estava pronto para dar suas ácidas e rápidas respostas às provocações de amigos e daqueles que conviviam com ele, tinha sempre na ponta da língua um afiado argumento para combater seus “provocadores”.
Terra fértil para contistas e cidadãos bem humorados Barra de São Miguel sempre foi um celeiro de criatividade e de pessoas que se diferenciam por sua receptividade e notório calor humano. Como é satisfatório ir ao município e conversar nos bancos da praça (a salutar conversa de meio fio), interagir com o cotidiano dos munícipes, participar de suas emoções e passagens de vida. Talvez seja todo esse ambiente de receptividade e interação que faz de nossa terra um caldeirão de alegria e humanidade.
Caboclo marcou época e imortalizou-se nos contos populares da cidade, sempre é lembrado através de estórias e conversas de rua, que rememoram seu modo de vida cômico e brincalhão. É com imensa alegria que registro aqui está singela retratação do grande e cômico cidadão Caboclo Justino. Que Barra de São Miguel sempre mantenha em sua memória esta figura excepcional.

Praça Ismael Mahon - Imagem de Rede Social de Evandro Pinto

Marcondes Pinto é Advogado, especialista em Direito Público, Presidente da Comissão de Direito Penal da OAB/Caruaru. Atua na Advocacia Criminal no estado de Pernambuco. É filho de Barra de São Miguel.

1921 - Mais uma olhada em Cabaceiras (Série "Pela Região")

Com alegria, mais uma vez voltamos ao Município "mãe" de Barra de São Miguel, ou seja, a "velha" Cabaceiras, para conhecermos um pouco de sua arquitetura histórica.
Em nossas pesquisas, encontramos a seguinte imagem:

Revista Era Nova: 15 de setembro de 1921

Como podemos observar no recorte, na legenda se lê: "Rua Epitácio Pessoa". Esta é mais uma preciosidade que encontramos na Revista Era Nova, da então cidade da Parahyba (atual João Pessoa).
Casarões com belos frontões, calçadas delimitadas, rua sem calçamento e um bom número mudas de árvores alinhadas e protegidas por pequenas cercas, este é o cenário desta rua, pela qual certamente passaram muitas das histórias dos antepassados desta região caririzeira.

João Paulo França, 15 de julho de 2017.


Fonte:

Revista Era Nova. Edição de 15 de setembro de 1921. Disponível em: http://www.cchla.ufpb.br/jornaisefolhetins/acervo.htm. Acesso em 10 de março de 2017.

1907 - O ataque do cangaceiro Antônio Silvino a Barra de São Miguel - PB

No fim do século XIX e início do século XX o Brasil assistiu a emergência do fenômeno do cangaço, cujo expoente foi Lampião e seu bando. Todavia, na região da divisa entre Pernambuco e Paraíba o principal nome do cangaço foi o conhecido Antônio Silvino. Vejamos uma imagem do mesmo:
Imagem 1 - Antônio Silvino - Jornal do Commercio (1915)
Antônio Silvino e seu bando passaram diversas vezes pelo território do município de Barra de São Miguel- PB, como veremos nesta e em outras reportagens desta série. Contudo, o principal ataque ocorreu no dia 26 de janeiro de 1907, quando a Barra de São Miguel era ainda a Sede do município de Cabaceiras e possuía uma rentável mesa de rendas. 
A seguir, vejamos como a imprensa da época noticiou este ataque. Segue reportagem do Jornal A República de Natal - RN, que reproduz matéria do jornal paraibano A União.

Imagem 2 - Antônio Silvino - Jornal A República (1907)

 Segue a transcrição literal do relato jornalístico:

Antonio Silvino

A ultima façanha

Sobre a ultima façanha de Antonio Silvino, o ataque da villa da Barra de S. Miguel, na Parahyba, lemos o seguinte, na ,<União>:


Segundo informações fidedignas recebidas dessa villa sertaneja, eis o que se passou por ocasião da estada ali do bandido Antonio Silvino.

No dia 26 de janeiro, depois de 11 horas da noite, entrou o grupo formado de 13 cangaceiros, inclusive o chefe, na villa, onde não havia a menor noticia da sua aproximação. Cerca de uma hora antes, estiveram na casa do delegado de policia, cidadão Nicolau Vitalino Correia de Araujo, distante da villa um kilometro e obrigara o mesmo delegado a acompanha-lo e a servi-lhe de guia.

Ao entrar na villa, Antonio Silvino dirigiu-se a cada uma das residências das praças de policia, que em um número de três guarneciam a localidade e foi prendendo-as cada uma por uma vez. Tomou-lhes as armas e os fardamentos, e obrigou-as a acompanha-lo.

Presa e desarmada a ultima praça, dirigiu-se o facínora á casa de João Anastácio, ex-praça do Batalhão de Segurança, que a cerca de quatro annos sutentara fogo contra ele na povoação do Boqueirão.

A voz do delegado, prisioneiro de Antonio Silvino, João Anastacio abriu a porta, sendo subitamente amarrado pelo grupo e arrastado para a rua, onde recebeu grande numero de açoites e duas facadas.

Depois seguiu o grupo para a casa do capitão Manoel Henrique do Nascimento Araujo, escrivão da Mesa de Rendas, ao qual intimou a entregar todo o dinheiro existente na repartição, no que foi obedecido.

Assim passou ás mãos de Silvino a quantia de trezentos e tantos mil reis, único dinheiro existente na Mesa de Rendas porque o respectivo administrador major Deodato Pereira Borges, tinha vindo pouco antes á capital recolher a arrecadação do ultimo trimestre.

Os bandidos obrigaram o referido escrivão a abrir a repartição, onde se apoderaram de todos os livros, papeis e estampilhas que conduziram para a rua e queimaram completamente. Silvino recomendou então ao escrivão que da arrecadação que fizesse, guardasse-lhe cada mez 50$000, que ele viria ou mandaria buscar.

Foram d’ahi á casa do subdelegado de policia, Candido Casteliano dos Santos, contra quem Antonio Silvino estava prevenido, e que recebeu a exigência de um conto de réis, sob pena de ver incendiado o seu estabelecimento comercial.

O sr. Candido Casteliano respondeu que não dispunha de quantia tão elevada porque fizera pouco antes remessa para a praça do dinheiro apurado, pelo que Silvino aceitou a importância de 400$000, tirando porem fazendas no valor de 200$000.

Exigiu e recebeu 50$000 do cidadão Olyntho José de Vasconcelos, 1º suplente do Substituto do Juiz Seccional.

Mandou esbordoar uma praça do destacamento de nome Pedro Rodolpho, porque esta declarou que só se entregara sem resistência por ter sido sorprehendida.

Tudo se fez no maior silencio de modo que as pessoas, que se achavam agasalhadas no interior das casas não presentiam o que se passava na rua.

Antes de retirar-se, Antonio Silvino mandou bater na porta do tenente-coronel Manoel Melchiades Pereira Tejo, que até então ignorava o que se estava passando, e que despertando, abriu a porta.

D’elle exigiu Silvino café para si e seus companheiros no que foi satisfeito, retirando-se da villa ás 3 horas da madrugada.

Em breve apresentaremos os desdobramentos deste ataque de cangaceiros a Barra de São Miguel - PB.
João Paulo França, 06 de julho de 2017.

Fonte: 

Jornal A Republica. 13 de fevereiro de 1907, Natal. Ano 19, número 33

Jornal do Commercio, 02 de janeiro de 1915, Manaus. Ano 12, número 3340


Século XIX - A educação em Barra de São Miguel - PB a partir de 1865.

O registro mais antigo que encontramos acerca da educação de Barra de São Miguel remonta ainda ao período imperial no Brasil. O jornal O Publicador[1] informa que “O vice-presidente da província, em vista da proposta da diretoria da instrução publica, resolve nomear (...) para reger interinamente a cadeira de primeiras letras do sexo masculino” a “Ignácio Pereira Brandão para a povoação da Barra de S. Miguel do termo de Bodocongó. Remeteu-se a instrução pública, e comunicou-se ao tesouro provincial”. Este foi um ato de 25 de outubro de 1865. Em 27 de fevereiro de 1866 o secretário de governo envia ofício ao diretor de instrução pública, em que dá conhecimento “acerca dos professores interinos das cadeiras do ensino primário novamente criadas nas povoações de – Caraúba – e da Barra de S. Miguel”[2].
Imagem 1 - Professor nomeado para Barra de S. Miguel, em 1865. 









Em um tempo de comunicações lentas entre as instituições imperiais, encontramos apenas em abril de 1866 a informação que, por meio do ofício “nº 107 de 10 do corrente do qual consta ter o professor interino da cadeira de primeiras letras da povoação da Barra de São Miguel no município de Bodocongó, Ignácio Pereira de Brandão assumido o respectivo exercício em data de 10 de fevereiro último”[3]
As informações que as fontes históricas nos apresentam, em especial os jornais de época, nos mostram características importante da educação do período: inicialmente, por ser um povoado do interior, Barra de São Miguel tem uma população diminuta, o que certamente fazia com que as autoridades não enxergassem tal lugar como prioritário em suas políticas públicas. Mesmo assim, vale destacar que o “vice-presidente da província, sob a orientação da diretoria de ensino” acabara de autorizar o funcionamento de uma “cadeira de primeiras letras do sexo masculino” na povoação, inclusive, com os recursos para tal fim vindos do “tesouro estadual”. Ressalte-se que, apesar do avanço da propositura, a mesma não deixa de nos mostrar a forma como a educação do período era pensada: para o sexo masculino e, em virtude de ser uma povoação interiorana, uma cadeira de “primeiras letras” apenas.
Quanto a organização da educação, encontramos no ano de 1867 o mesmo jornal O Publicador nos informar que “o vice-presidente da província, sob proposta do diretor interino da instrução pública resolve nomear para comissionário da mesma instrução na povoação da Barra de São Miguel do termo de Bodocongó o cidadão Antônio Alves Monteiro” [4]. Assim, além do professor da cadeira, encontramos também o cargo de “comissionário” envolvido com a educação local.
Ainda quanto a organização da educação no século XIX em Barra de São Miguel, encontramos no ano de 1868 a informação que estava aberto Edital de concurso para a cadeira de ensino primário do sexo masculino na povoação. Vejamos:
De ordem do Sr. diretor interino da instrução publica se faz público que achão se em concurso as cadeiras do ensino primário do sexo masculino das vilas de Cajazeiras, e Cuité, povoações da Barra de S. Miguel e Mogeiro de baixo; e as de sexo feminino das villas do Pilar, Ingá e Alagoa Grande.
Os pretendentes ás referidas cadeiras devem habilitar-se perante a presidência no prazo de 60 dias, a contar da data deste, instruindo suas petições com os documentos de que tratão os arts. 47 e 48 do regulamento de 11 de março de 1852.
E para que chegue ao conhecimento dos interessados se mandou afixar o presente no lugar do costume, e publicar pela imprensa.
Secretaria da instrução publica da Parahyba em 10 de outubro de 1868.
O secretario Carlos A. Monteiro da Franca[5]. (Grifo nosso)

Este mesmo edital foi reproduzido em cinco edições do jornal O Publicador. Nos chama a atenção que outras vilas do estado, a exemplo do Pilar, Ingá e Alagoa Grande havia vagas abertas para a cadeira do sexo feminino, enquanto que para Barra de São Miguel e outros lugares citados, a vaga é para a cadeira do ensino primário do sexo masculino. É importante destacar que os interessados nas vagas têm o prazo de 60 dias para manifestar interesse e apresentar a documentação solicitada em regulamento do ano de 1852.
Infelizmente não temos a informação acerca da procura para a vaga de Barra de São Miguel no edital, todavia, o mesmo jornal O Publicador de 30 de março de 1869 informa que o “presidente da província, atendendo ao que requereu o professor público do ensino primário da Barra de S. Miguel Pedro Tavares de Macedo, resolve conceder-lhe três meses de licença com vencimento para tratar de saúde, onde lhe convier”[6]. Este jornal acaba por nos dar uma pista acerca da ocupação da cadeira primária barrense.
Já no período republicano encontramos o jornal Gazeta da Parahyba que traz o expediente com os “Actos do Governo” de 24 de janeiro de 1890. No mesmo consta a informação acerca da exoneração do professor Alexandrino José de Almeida. Neste mesmo expediente é nomeado Galdino Alves da Silva para substituí-lo[7]. Este seria removido para a Vila de Santa Rita pouco tempo depois, em ato do Governo de 21 de abril de 1890[8]. Não encontramos informação acerca de sua substituição.
Já no fim do século XIX encontramos no Almanaque do Estado da Paraíba de 1899 a informação que Thomaz de Aquino Pereira Tejo era o “professor público” na vila da Barra de São Miguel [9]. Na memória dos moradores mais idosos este certamente é o professor mais antigo que suas lembranças captam. Seu nome também se perpetuou em virtude das homenagens que o mesmo recebeu: designação de uma das ruas mais antigas da cidade, além de batizar a primeira escola de ensino ginasial local, no período em que funcionou a CNEC de Barra de São Miguel ”[10].
Pelo caminho desta pesquisa histórica que percorremos até aqui, percebemos que a educação em Barra de São Miguel em seus primórdios no século XIX basicamente se resumia ao ensino das primeiras letras ao sexo masculino. A documentação de época nos mostra uma certa rotatividade na única cadeira de professor da povoação que era paga com recursos do tesouro estadual. Apesar da mudança de regime político, da monarquia para a república, ocorrido em 1889, não vemos uma mudança significativa na concepção de educação, onde continuava a falta de estrutura própria e a segregação por sexo.

João Paulo França, 30 de junho de 2017. Republicado em 24 de março de 2021.

Fontes:

[1] Jornal O Publicador, Ano IV, 28 de outubro de 1865, número 945, p.2.
[2] Jornal O Publicador, Ano V, 02 de março de 1866, número 1043, p.2.
[3] Jornal O Publicador, Ano V, 16 de abril de 1866, número 1079, p. 1.
[4] Jornal O Publicador, Ano VI, 20 de agosto de 1867, número 1476, p. 1.
[5] Jornal O Publicador, Ano VII, 15 de outubro de 1868, número 1823, p. 4
[6] Jornal O Publicador, Ano VIII, 30 de março de 1869, número 1949, p.2.
[7] Jornal Gazeta da Parahyba, Ano III, 28 de janeiro de 1890, número 499, p. 1
[8] Jornal Gazeta da Parahyba, Ano III, 29 de abril de 1890, número 572, p.1.
[9] Publicação do Almanak do Estado da Parahyba de 1899. Organizado por José Francisco de Moura. João Pessoa: Imprensa Oficial, p. 378
[10] Em entrevista com a professora aposentada Maria do Socorro da Costa Gomes, a mesma nos informa que o mesmo seria também conhecido como professor “Tó”, que ensinava as crianças em sua própria casa.

1923 - "Charanga" de Cabaceiras (Série "Pela Região")

Continuando nossa passagem "pela região", hoje observaremos duas imagens que muito nos diz da cultura da década de 1920 no Cariri paraibano. 
Vejamos o seguinte recorte da Revista Era Nova:

Revista Era Nova - 01 de julho de 1923
Nesta página do recorte se lê: "Em Cabaceiras Charanga Dr. Antônio Massa". Trata-se assim de um importante registro que nos mostra como eram conhecidas as bandas de música à época, ou seja, as "Charangas". Também vemos como a mesma era organizada, com fardamento e instrumental completos.

Dividindo suas fontes conosco, o amigo Ginaldo Nóbrega nos mostra a mesma imagem, porém com mais detalhes, vejamos:

Arquivo Ginaldo Nóbrega

Na fotografia original percebemos mais um pouco da organização desta charanga cabaceirense: a mesma dispunha de uma sede com identificação, como é visivel na fachada da casa onde o fotógrafo registrou este instante. Infelizmente, no canto superior central do frontão o "tempo" apagou o registro da data da fundação desta banda musical.
Fica ainda uma questão: quem seria o Dr. Antônio Massa?

João Paulo França, 27 de junho de 2017.


Fonte:

Acervo particular de Ginaldo Nóbrega
Revista Era Nova, 01 de julho de 1923. Disponível em: http://www.cchla.ufpb.br/jornaisefolhetins/acervo.html . Acesso em 10 de março de 2017.