Na passagem do dia de 10
de maio parabenizamos aquele que nasceu em Barra de São Miguel e foi batizado
por José Robson do Nascimento, mas que o mundo do futebol o consagrou com o
singelo nome de “Robgol”.
Filho do sr. Severino
Izidoro do Nascimento (Biu Tôco) e da sra. Maria Lima Nascimento (Dona Nita),
saído dos campos de terra batida de Barra de São Miguel e da região, destacamos
nesta matéria um pouco da trajetória vitoriosa deste desportista que nascia
nesta data em 1969.
O início no futebol
amador
Como todo bom craque do futebol brasileiro ao longo do século XX, Róbson também deu seus primeiros passos nos campos de terra batida, jogando peladas com familiares e amigos que viam no futebol uma diversão ou atração de fim de semana. Foi nesta escola que desenvolveu habilidades, perseguiu objetivos esportivos e despertou para o sonho de se tornar um jogador profissional.
Como todo bom craque do futebol brasileiro ao longo do século XX, Róbson também deu seus primeiros passos nos campos de terra batida, jogando peladas com familiares e amigos que viam no futebol uma diversão ou atração de fim de semana. Foi nesta escola que desenvolveu habilidades, perseguiu objetivos esportivos e despertou para o sonho de se tornar um jogador profissional.
Em Barra de São Miguel, Robson atuou no Bangu
Atlético Clube, tradicional agremiação fundada em 1966, que na década de 1980
tinha o comando do popular “Baêta”, maior amante e dirigente do futebol amador
local. Em tempos de poucos recursos técnicos, uma das raras imagens da época é
a seguinte:
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Imagem 1 - Década de 1980 - Bangu de Barra de São Miguel-PB |
Nesta fotografia temos em
pé: Augusto, Assis, Temilson, Dedé, Virgílio e Tatai. Agachados: Marcos, Robson,
Toiné, Tarugo e Nando. Ressalte-se que apesar das cores tradicionais do Bangu
ser o vermelho e branco, nesta imagem o clube está a utilizar o “padrão” da
Papelaria São Luiz, uma empresa que marcou época em São Paulo, pertencente ao
empresário Lula de Barra de São Miguel. Foi local de trabalho de muitos
cidadãos que se dirigiam para a capital paulista, além de contar com um time
amador que atuava nos campos daquela metrópole.
Voltando para as disputas locais, percebe-se que Robson
também atuou em outra agremiação amadora na década de 1980: o Ypiranga
de Santa Cruz do Capibaribe-PE. Desta passagem, temos o registro seguinte:
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Imagem 2 - S.E. Ypiranga - Blog de Lenivaldo Aragão |
Nesta imagem do arcervo de José Romildo Bezerra, temos os seguintes atletas em pé: Milton, Quinha, Caboré, Papaco, Luis Carlos e Herminho; agachados: Zé do Pará, Robson, Tom, Marinho e Domir.
Partindo para Recife
Partindo para Recife
Diferente de muitos jovens que tem o sonho de atuar
profissionalmente, porém, não conseguem sair das cidades interioranas, Robson
teve coragem, deixou tudo para trás e rumou para a capital pernambucana, fazendo
testes e sendo aceito no Clube Náutico Capibaribe.
Muito jovem, com certeza ser aceito em um clube profissional foi apenas uma primeira barreira que teve que vencer. A distância, as necessidades inerentes a condição financeira, a saudade de casa também foram obstáculos que driblou no mundo extracampo.
Dentro das quatro linhas, a partir de 1987 começamos a acompanhar sua trajetória, nem sempre linear, sem se firmar desde o começo nas agremiações. Pelo contrário, vamos encontrar na carreira de Robson a passagem por mais de uma dezena de clubes e cidades de norte a sul do Brasil e no exterior, porém, sempre ousando e enfrentando novos desafios.
Os primeiros anos de atleta profissional
Muito jovem, com certeza ser aceito em um clube profissional foi apenas uma primeira barreira que teve que vencer. A distância, as necessidades inerentes a condição financeira, a saudade de casa também foram obstáculos que driblou no mundo extracampo.
Dentro das quatro linhas, a partir de 1987 começamos a acompanhar sua trajetória, nem sempre linear, sem se firmar desde o começo nas agremiações. Pelo contrário, vamos encontrar na carreira de Robson a passagem por mais de uma dezena de clubes e cidades de norte a sul do Brasil e no exterior, porém, sempre ousando e enfrentando novos desafios.
Os primeiros anos de atleta profissional
Sobre sua origem, em 2014, Robson declarou ao Globo
Esporte/PA:
- “Comecei no Náutico, em 1987, onde fiquei por 11 anos. Fui emprestado algumas vezes, mas sempre voltava. Por ser um jogador da terra, não tinha muito prestígio e era mantido no banco. Mesmo assim, fui artilheiro do time no Campeonato Brasileiro. Fui para o Mirassol, do interior de São Paulo, joguei no Potiguar, no Mac, do Maranhão, onde fui campeão e artilheiro com 19 gols. Em 1996, retornei novamente ao Náutico, onde o Levi Gomes, técnico da época, me deu chance. Fui artilheiro do Campeonato Pernambucano. Tenho muito carinho pelo Náutico” (GE/PA, 2014).
No princípio da carreira, Robson se tornou parte do patrimônio do Náutico, em uma época que o passe do atleta era preso a um clube específico. É nesta condição que vamos encontrar suas passagens pelo clube alvirrubro entrecortadas com empréstimos para outras agremiações.
Em 1989, Robson participa do Campeonato Pernambucano profissional defendendo o modesto time do Paulistano, clube da cidade de Paulista, na região metropolitana de Recife.
Já no ano de 1990 encontramos Robson atuando pelo Náutico na Copa São Paulo de Futebol Junior. Eis o que fala o treinador Pedro Manta em 2002: “No time de 90 tínhamos Robgol, Lau e Possi. Robgol foi uma grande revelação do Náutico. Esperamos que vários dos nossos garotos se destaquem desta vez.” (NauticoNet, 2002).
De 1990 a 1992, os “Aflitos” passa a ser a casa de Robson, com atuações destacadas pelo “Timbu” pernambucano. A partir de 1993 começa suas andanças para fora de Pernambuco. Inicialmente Robson vai para clubes do interior paulista, onde atuou pelo Mirassol e Independente de Limeira. Do time do Mirassol de 1993, temos esta imagem:
- “Comecei no Náutico, em 1987, onde fiquei por 11 anos. Fui emprestado algumas vezes, mas sempre voltava. Por ser um jogador da terra, não tinha muito prestígio e era mantido no banco. Mesmo assim, fui artilheiro do time no Campeonato Brasileiro. Fui para o Mirassol, do interior de São Paulo, joguei no Potiguar, no Mac, do Maranhão, onde fui campeão e artilheiro com 19 gols. Em 1996, retornei novamente ao Náutico, onde o Levi Gomes, técnico da época, me deu chance. Fui artilheiro do Campeonato Pernambucano. Tenho muito carinho pelo Náutico” (GE/PA, 2014).
No princípio da carreira, Robson se tornou parte do patrimônio do Náutico, em uma época que o passe do atleta era preso a um clube específico. É nesta condição que vamos encontrar suas passagens pelo clube alvirrubro entrecortadas com empréstimos para outras agremiações.
Em 1989, Robson participa do Campeonato Pernambucano profissional defendendo o modesto time do Paulistano, clube da cidade de Paulista, na região metropolitana de Recife.
Já no ano de 1990 encontramos Robson atuando pelo Náutico na Copa São Paulo de Futebol Junior. Eis o que fala o treinador Pedro Manta em 2002: “No time de 90 tínhamos Robgol, Lau e Possi. Robgol foi uma grande revelação do Náutico. Esperamos que vários dos nossos garotos se destaquem desta vez.” (NauticoNet, 2002).
De 1990 a 1992, os “Aflitos” passa a ser a casa de Robson, com atuações destacadas pelo “Timbu” pernambucano. A partir de 1993 começa suas andanças para fora de Pernambuco. Inicialmente Robson vai para clubes do interior paulista, onde atuou pelo Mirassol e Independente de Limeira. Do time do Mirassol de 1993, temos esta imagem:
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Imagem 3 - Mirassol - 1993 - Acervo de Edilene Truta |
Ainda pelo sudeste do
país, Robson foi para o América Mineiro em 1994. Passaria por esta
equipe novamente em 1998.
Após atuar nestas agremiações, Robson volta ao Nordeste. Uma das equipes que jogou foi o modesto time potiguar do Currais Novos, em 1994. Desta passagem temos este registro:
Após atuar nestas agremiações, Robson volta ao Nordeste. Uma das equipes que jogou foi o modesto time potiguar do Currais Novos, em 1994. Desta passagem temos este registro:
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Imagem 4 - Currais Novos - 1994 - Blog Anotando Futebol |
Ainda pelo interior
nordestino, encontramos no início de 1995 Robson atuando pelo Nacional
de Patos. Com exceção de suas atuações no time amador do Bangu de Barra de São
Miguel, possivelmente esta é uma grande relíquia do atleta atuando por um clube
de seu estado de nascimento:
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Imagem 5 - Nacional - 1995- Acervo de Edilene Truta |
1995: O primeiro título
Após rápida passagem pelo sertão paraibano, no ano de
1995 Robson parte para São Luiz e se destaca no MAC – Maranhão Atlético
Clube. Na oportunidade se torna o artilheiro do campeonato estadual com 18
gols. Deste momento de sua carreira temos a fotografia seguinte:
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Imagem 6 - Maranhão A. C. - 1995 - Blog do Terceiro Tempo |
Nesta fotografia do tricampeão estadual maranhense em 1995 temos em pé:
Valmir, Júlio César, Ivaldo, Carlinhos e Raimundo. Agachados: Reginaldo,
Lamartine, Robgol, Jackson (ex-Vitória e Palmeiras), Aldo e Rejane.
Temporada de 1996: Surge
o “Robgol”
Os gols já eram uma rotina na vida de Robson. Porém, como sabemos, sua criatividade também foi fora das quatro linhas, criando frases e palavras de efeito. Assim, segundo o próprio atleta, o apelido “Robgol” surgiu em 1996 quando defendia o Náutico.
Em tom de brincadeira, antes de um clássico contra o Santa Cruz, avisou que uma “novidade estava para surgir”. Neste jogo, após marcar os dois gols na vitória por 2 a 1, disse aos jornalistas que a partir daquele momento seria o “Robgol”, uma comparação com o apelido de “Batigol”, como na época era chamado o famoso artilheiro argentino Batistuta. Surge aí um dos nomes de atacante mais utilizados pela imprensa nacional.
Naquele ano de 1996 tornou-se o artilheiro do Campeonato Pernambucano, com 19 gols.
Os gols já eram uma rotina na vida de Robson. Porém, como sabemos, sua criatividade também foi fora das quatro linhas, criando frases e palavras de efeito. Assim, segundo o próprio atleta, o apelido “Robgol” surgiu em 1996 quando defendia o Náutico.
Em tom de brincadeira, antes de um clássico contra o Santa Cruz, avisou que uma “novidade estava para surgir”. Neste jogo, após marcar os dois gols na vitória por 2 a 1, disse aos jornalistas que a partir daquele momento seria o “Robgol”, uma comparação com o apelido de “Batigol”, como na época era chamado o famoso artilheiro argentino Batistuta. Surge aí um dos nomes de atacante mais utilizados pela imprensa nacional.
Naquele ano de 1996 tornou-se o artilheiro do Campeonato Pernambucano, com 19 gols.
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Imagem 7 - Náutico - 1996 - Blog Anotando Futebol |
Com o sucesso das duas temporadas anteriores, os muitos
gols marcados credenciam Robgol a mais uma vez tentar a sorte no Sul do país.
Desta feita, ele vai para o Internacional, equipe gaúcha de grande
tradição. Desta passagem, temos o seguinte registro:
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Imagem 8 - S.C.Internacional - 1997 |
Esta equipe foi a campeã
gaúcha de 1997. Porém, o elevado número de atletas no ataque dificultou as
atuações do jogador nordestino. Em 2014, assim se referiu Robgol a essa passagem
pelo colorado:
– “Cheguei ao Internacional machucado, com
dificuldades. Lá, éramos eu, Washington, Alberto e o Christian. Joguei apenas
uns quatro jogos e marquei um gol. A imprensa inventou esse negócio de
vestibular, mas não existia briga. Era tudo saudável, e todos nós éramos
amigos. Minha passagem pelo Colorado foi curta demais”. (GE/PA, 2014).
Robgol assim explicava o mito do “vestibular” que a imprensa gaúcha nomeou sobre a disputa pela titularidade no Internacional de 1997, que era treinado pelo técnico Celso Roth. Robgol teve que disputar vaga com Washington, o Coração Valente, Alberto, ex-Santos, e Christian, que depois chegou a atuar com a camisa da Seleção Brasileira.
Robgol assim explicava o mito do “vestibular” que a imprensa gaúcha nomeou sobre a disputa pela titularidade no Internacional de 1997, que era treinado pelo técnico Celso Roth. Robgol teve que disputar vaga com Washington, o Coração Valente, Alberto, ex-Santos, e Christian, que depois chegou a atuar com a camisa da Seleção Brasileira.
Em 1999, mais uma capital nordestina: artilheiro em Natal-RN
Após 11 anos com passe preso ao Náutico, em 1999 finalmente o artilheiro alça diferentes caminhos administrativos na carreira, desta feita sem ser emprestado pelo alvirrubro. Novos desafios se impunham e é neste cenário que Robgol parte para mais uma capital nordestina: Natal, no Rio Grande do Norte.
Em 1999, Robgol se tornou artilheiro e ídolo no ABC, o campeão potiguar daquela temporada. O Time tinha por base Schumacher, Humberto, Rau, Mário César e Quinho (Joãozinho); Ivanildo, Marcelo Vila, Evandro (Jamur) e Tecy; Sérgio Alves (Elias) e Róbson. O Técnico era Ferdinando Teixeira. Sem seguir a ordem mencionada, vejamos uma imagem deste time campeão:
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Imagem 9 - ABC de Natal |
Pelo time alvinegro do
“Frasqueirão”, Robgol marcou 26 gols e conquistou o Campeonato Potiguar de
1999. Marcou 13 vezes na Série B, sendo durante 14 anos o maior
artilheiro do ABC numa mesma temporada da Segunda Divisão do Campeonato
Brasileiro.
Robgol e o time da
estrela solitária
Após ser destaque no ABC, Robgol ruma no ano 2000 para o Botafogo do Rio de Janeiro. Infelizmente, não teve oportunidades e acabou deixando o clube poucos meses após sua chegada e foi para o Santa Cruz, para disputa da Copa João Havelange. No início de 2001 retorna para o time da estrela solitária, como podemos atestar pelo Jornal do Brasil de 09 de janeiro de 2001:
Após ser destaque no ABC, Robgol ruma no ano 2000 para o Botafogo do Rio de Janeiro. Infelizmente, não teve oportunidades e acabou deixando o clube poucos meses após sua chegada e foi para o Santa Cruz, para disputa da Copa João Havelange. No início de 2001 retorna para o time da estrela solitária, como podemos atestar pelo Jornal do Brasil de 09 de janeiro de 2001:
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Imagem 10 - Jornal do Brasil/RJ |
Como a
própria matéria indica, Robgol mais uma vez não teria vida fácil na disputa
por uma vaga no ataque alvinegro. No mesmo mês, no dia 31 encontramos a
imprensa noticiar que o atacante estava de transferência para o Bahia. Sem
dúvidas, uma decisão acertada, como o tempo e as conquistas comprovaram.
Robgol mais uma vez em Pernambuco
Em 2000, após a primeira passagem sem oportunidades no início do ano pelo Botafogo, Robgol partiu para mais um desafio: voltar à Recife, porém, desta feita para defender o time tricolor do Arruda, o Santa Cruz que disputaria o controverso campeonato brasileiro daquele ano, que se chamou Copa João Havelange. Desta passagem, temos a imagem seguinte:
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Imagem 11 - Santa Cruz de Pernambuco |
Mais uma vez o apelido de
Robgol não foi em vão: o artilheiro marcou 11 gols na competição, sendo o
principal goleador do time. Esta era mais uma atuação que o credenciava a
voltar para o Sul do país, para o Botafogo, como já mencionamos. Porém, em
menos de um mês voltou para outra capital nordestina: Salvador.
Robgol: Um ídolo no
esquadrão de aço baiano
Após todas estas passagens em diferentes localidades,
enfim, encontramos o artilheiro a viver momentos sequenciados em um
grande clube. No Bahia, Robgol caiu definitivamente nos braços da galera.
Assim ele narra sua chegada ao clube:
- "Tive oportunidades de jogar contra o Bahia, principalmente pelo ABC. De lá surgiu o interesse. Antes do Bahia, houve o interesse do Botafogo, onde passei três meses, mas não joguei. Aí fui para o Santa Cruz, onde me destaquei na Copa João Havelange e retornei para o Botafogo. Um mês depois, Houve uma ligação do professor Evaristo, perguntando se eu tinha interesse de jogar no Bahia. Por ser do interior, escutava a rádio Sociedade da Bahia e ouvia falar do Bahia. Eu já tinha o desejo de jogar no Bahia. Depois dessa ligação do Evaristo, o doutor Paulo (Paulo Maracajá) me ligou e acertamos". (GALÁTICOS ONLINE, 2020).
Como já mencionado, foi no Bahia que Robgol teve grandes conquistas: um Bicampeonato da Copa do Nordeste, em 2001 e 2002 e o título Baiano de 2001. Pelo tricolor baiano teve ótima fase, marcando 53 gols ao todo. Vejamos uma dessas conquistas:
- "Tive oportunidades de jogar contra o Bahia, principalmente pelo ABC. De lá surgiu o interesse. Antes do Bahia, houve o interesse do Botafogo, onde passei três meses, mas não joguei. Aí fui para o Santa Cruz, onde me destaquei na Copa João Havelange e retornei para o Botafogo. Um mês depois, Houve uma ligação do professor Evaristo, perguntando se eu tinha interesse de jogar no Bahia. Por ser do interior, escutava a rádio Sociedade da Bahia e ouvia falar do Bahia. Eu já tinha o desejo de jogar no Bahia. Depois dessa ligação do Evaristo, o doutor Paulo (Paulo Maracajá) me ligou e acertamos". (GALÁTICOS ONLINE, 2020).
Como já mencionado, foi no Bahia que Robgol teve grandes conquistas: um Bicampeonato da Copa do Nordeste, em 2001 e 2002 e o título Baiano de 2001. Pelo tricolor baiano teve ótima fase, marcando 53 gols ao todo. Vejamos uma dessas conquistas:
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Imagem 12 - Bahia |
Após ser destaque no
tricolor de aço, uma nova oportunidade se apresenta para o artilheiro no ano de
2003: jogar no norte do país.
A ida para o Paysandu e o
destaque na Libertadores da América.
Com a conquista da Copa dos Campeões de 2002, o Paysandu
se credenciou para a disputa da Libertadores e procurou reforçar sua equipe. É
com esse espírito que vai em procura de um artilheiro, o que leva Robgol a sair
da boa terra baiana e cruzar os ares para Belém do Pará. Mais uma decisão,
difícil, que o tempo mostrará que foi acertada. Em 2014, assim falou Robgol
sobre este momento:
- Eu recebi a passagem
para seguir para Belém, mas não estava com a mínima vontade de embarcar. Já
conhecia a cidade, porque joguei a Copa dos Campeões e tinha ficado uma semana,
mas não queria ir naquele momento. Então eu perdi o voo e liguei para o
presidente (Artur Tourinho), que me chamou de louco e mandou eu esperar, que
ele iria dar um jeito, como deu. No caminho, que passou por Recife e Fortaleza,
em cada parada do avião, era um choro de saudade de tudo que estava deixando em
Salvador. (GE/PA, 2014).
A vida estável em Salvador, somada a questões particulares fazia Robson ter este pensamento inicial, mas que foi logo suplantado pela marcante trajetória no time paraense. Fez história com atuações marcantes na Libertadores de 2003, marcou sete gols na competição e foi um dos destaques da equipe. Em uma segunda passagem pelo “papão” viria a ser vice-artilheiro no Brasileirão de 2005 com 21 gols, sendo suplantado por Romário apenas na última rodada.
Dos tempos de Paysandu, com certeza a imagem a seguir é uma das mais marcantes, quando o time venceu no jogo de ida das oitavas-de-final da Taça Libertadores o temível Boca Juniors, em La Bombonera, na Argentina.
A vida estável em Salvador, somada a questões particulares fazia Robson ter este pensamento inicial, mas que foi logo suplantado pela marcante trajetória no time paraense. Fez história com atuações marcantes na Libertadores de 2003, marcou sete gols na competição e foi um dos destaques da equipe. Em uma segunda passagem pelo “papão” viria a ser vice-artilheiro no Brasileirão de 2005 com 21 gols, sendo suplantado por Romário apenas na última rodada.
Dos tempos de Paysandu, com certeza a imagem a seguir é uma das mais marcantes, quando o time venceu no jogo de ida das oitavas-de-final da Taça Libertadores o temível Boca Juniors, em La Bombonera, na Argentina.
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Imagem 13 - Paysandu - 2003 |
Certamente a campanha de
2003 no maior torneio continental deixou saudades na torcida do Paysandu e mais
uma vez serviu para novos rumos na carreira de Robgol, que começaria o Campeonato
Brasileiro da Série A daquele ano defendendo a equipe, se tornando um dos
artilheiros do torneio ao lado de Deivid do Cruzeiro, com 6 gols.
A experiência no Japão
Ainda no começo do
brasileirão de 2003, Robson passou a ser assediado por outros clubes, como o
Palmeiras. Em 2017, falando sobre esta negociação, destacou:
– “Antes de ir para o Japão o Palmeiras me
procurou. Um diretor veio para Belém, conversou comigo. Eles precisavam de um
homem gol. Estavam na Série B do Brasileiro e queriam o acesso a todo custo. O
Palmeiras fez uma proposta financeira para o Paysandu e em contrapartida, para
me levar, oferecia mais quatro jogadores, sendo um deles o Vagner Love, mas o
(Arthur) Tourinho (presidente do Paysandu na época) não gostou muito e não
houve o acordo. Eu queria ir, porque era o Palmeiras, eu queria ajudar,
escrever uma nova história. Como não vingou tudo bem. Permaneci no clube e só
depois fui para o Japão. No caso do Vagner, ele acabou ficando por lá, começou
a fazer gol e depois todos sabem da história dele né? Chegou a seleção e teve uma
carreira vitoriosa. Coisas do futebol e só Deus sabe o que vai acontecer”
(GE/PA, 2017)
Robgol acabou sendo contratado pelo Oita Trinita, um clube da primeira divisão japonesa. Porém, mais uma vez Robson teve dificuldades em se firmar na equipe. O atacante ficou cinco meses no país. No período, disputou apenas duas partidas inteiras e marcou quatro gols. Na época o atleta falou à Folha de S. Paulo: "O futebol de lá é muito difícil. Eles só dão chutão para a frente, e o treinador não tinha esquema nenhum”. (FOLHA DE S. PAULO, 2004). Ainda sobre o clube e a vida no Japão, Robson declarou:
– "A proposta era tão boa que me esqueci de perguntar a situação do time lá (a equipe estava entre os últimos colocados da Liga Japonesa). Se soubesse, nem tinha saído do Paysandu, até mesmo pela temporada, que não foi boa. Fiz alguns gols e depois fui para a reserva. Alguns clubes quiseram me contratar depois, mas não me liberaram. Fiquei por lá. Estava bem de qualquer jeito. Ganhava um caminhão de dinheiro e vivia num país maravilhoso. Pensei em ficar por lá a minha vida inteira". (GE/PA, 2017).
Robgol acabou sendo contratado pelo Oita Trinita, um clube da primeira divisão japonesa. Porém, mais uma vez Robson teve dificuldades em se firmar na equipe. O atacante ficou cinco meses no país. No período, disputou apenas duas partidas inteiras e marcou quatro gols. Na época o atleta falou à Folha de S. Paulo: "O futebol de lá é muito difícil. Eles só dão chutão para a frente, e o treinador não tinha esquema nenhum”. (FOLHA DE S. PAULO, 2004). Ainda sobre o clube e a vida no Japão, Robson declarou:
– "A proposta era tão boa que me esqueci de perguntar a situação do time lá (a equipe estava entre os últimos colocados da Liga Japonesa). Se soubesse, nem tinha saído do Paysandu, até mesmo pela temporada, que não foi boa. Fiz alguns gols e depois fui para a reserva. Alguns clubes quiseram me contratar depois, mas não me liberaram. Fiquei por lá. Estava bem de qualquer jeito. Ganhava um caminhão de dinheiro e vivia num país maravilhoso. Pensei em ficar por lá a minha vida inteira". (GE/PA, 2017).
2004 – O retorno ao
Brasil
Se a experiência no Japão foi gratificante para sua vida
pessoal, porém, no lado esportivo Robgol precisava voltar a atuar em condições
próximas a que era acostumado. Daí, a proposta de volta ao Brasil para
jogar no Santos muito o animou e em dezembro de 2003 o clube praiano o
anunciava para a temporada seguinte. Vejamos uma imagem da época.
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Imagem 14 - Santos - 2004 - Gazeta Press |
Apesar de estar em um
time promissor, que mais tarde seria conhecido como a equipe dos “meninos da
vila”, por contar com Robinho, Diego, Elano e outros nomes de destaque, problemas
particulares não deixavam Robgol com foco total nos gramados. Sobre esta
passagem, em 2014 declarou ao GE/PA:
– “No Santos, a parceria com o Robinho e Diego foi legal demais. Os meninos me ajudavam da melhor forma. O grupo em si era muito legal. Nessa época tive um problema com a Luiza, minha filha que nasceu prematura. Nisso, treinava e ia para o Rio de Janeiro vê-la. Passei por uma seca de gols. Quando marquei, a alegria dos meninos era contagiante. E tinha o Leão, que também me entendia e dava todo o suporte para mim”. (GE/PA 2014).
Para ficar mais perto da família o atacante acabou deixando o Santos em março de 2004 e voltou a atuar em Pernambuco, desta feita defendendo o Sport Club do Recife, no Brasileirão da Série B daquele ano.
– “No Santos, a parceria com o Robinho e Diego foi legal demais. Os meninos me ajudavam da melhor forma. O grupo em si era muito legal. Nessa época tive um problema com a Luiza, minha filha que nasceu prematura. Nisso, treinava e ia para o Rio de Janeiro vê-la. Passei por uma seca de gols. Quando marquei, a alegria dos meninos era contagiante. E tinha o Leão, que também me entendia e dava todo o suporte para mim”. (GE/PA 2014).
Para ficar mais perto da família o atacante acabou deixando o Santos em março de 2004 e voltou a atuar em Pernambuco, desta feita defendendo o Sport Club do Recife, no Brasileirão da Série B daquele ano.
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Imagem 15 - Sport Recife - Fanpage Robgol Eternamente |
Mais uma vez o atacante
não teve vida fácil, não encaixando no esquema tático da equipe rubro-negra
pernambucana. Na época, declarou a imprensa no momento de sua saída: “Não
fui o único a jogar mal. Todo o elenco não está passando por uma fase boa. A
questão é que criaram muita expectativa e uns pagam o preço maior do que outros
(....) Mas o importante é que fiz boas amizades aqui no Sport e não existe
qualquer tipo de mágoa”. “Mas a primeira intenção era fazer os gols e colocar o
Sport nas finais da Série B” (MEU SPORT, 2004).
Em setembro de 2004 deixou a Ilha do Retiro e atravessou o país para atuar na primeira divisão pelo Juventude de Caxias do Sul, clube que encerrou aquela movimentada temporada.
Em setembro de 2004 deixou a Ilha do Retiro e atravessou o país para atuar na primeira divisão pelo Juventude de Caxias do Sul, clube que encerrou aquela movimentada temporada.
De volta ao Paysandu: apoteose e aposentadoria de Robgol
Em janeiro de 2005 o Paysandu repatria Robgol. Começava aí o ciclo final da carreira do ídolo “bicolor”. E esta volta foi muito especial, com o clube conseguindo a hegemonia nos anos de 2005 e 2006 no Campeonato Paraense.
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Imagem 16 - Paysandu - 2005 |
Ainda em 2005, jogando pelo Paysandu, Robgol foi
vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 21 gols. O craque atuou
profissionalmente até o início de 2007, quando deixou os gramados.
Antes, no ano de 2006 decidiu entrar na vida política. No pleito daquele ano foi eleito deputado estadual pelo PTB do Pará, com 33.400 votos. Boleiro de frases emblemáticas, afirmava sua paixão pelo estado nortista e a forma como a população o conhecia: "no Pará, ninguém é mais popular que o Círio de Nazaré, Calypso e Robgol".
Antes, no ano de 2006 decidiu entrar na vida política. No pleito daquele ano foi eleito deputado estadual pelo PTB do Pará, com 33.400 votos. Boleiro de frases emblemáticas, afirmava sua paixão pelo estado nortista e a forma como a população o conhecia: "no Pará, ninguém é mais popular que o Círio de Nazaré, Calypso e Robgol".
Vida que segue...
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Imagem 17 - Robgol e sua mãe, Dona Nita Fanpage Robgol Eternamente |
Após anos de destaque no futebol nacional e
atuações por clubes tradicionais de norte a sul do Brasil, Robgol convive atualmente com sua
família e segue uma vida simples, na pacata Barra de São Miguel, ao lado de
amigos e conhecidos que de perto ou de longe sempre torceram por seu sucesso
desde os tempos que se mudava a sintonia do único canal que a repetidora de TV
da cidade dispunha (nos anos iniciais da década de 1990). Esta era uma forma de
ver alguma atuação sua pelo Náutico.
Enfim, a vida segue fora dos gramados com as atuações em partidas beneficentes, engajamentos em campanhas e atendimento de sua legião de fãs, em especial dos clubes que mais se destacou, Bahia e Paysandu, sem deixar de mencionar o carinho pelo Náutico e demais agremiações que foi bem recebido pela torcida.
Ressaltamos que há muitas histórias interessantes dessa relação de Robgol com os gramados e com sua terra natal, que certamente ainda estão por ser contadas. Por hora, parabenizamos mais uma vez o atleta de maior destaque que este torrão caririzeiro já presenciou jogar.
Enfim, a vida segue fora dos gramados com as atuações em partidas beneficentes, engajamentos em campanhas e atendimento de sua legião de fãs, em especial dos clubes que mais se destacou, Bahia e Paysandu, sem deixar de mencionar o carinho pelo Náutico e demais agremiações que foi bem recebido pela torcida.
Ressaltamos que há muitas histórias interessantes dessa relação de Robgol com os gramados e com sua terra natal, que certamente ainda estão por ser contadas. Por hora, parabenizamos mais uma vez o atleta de maior destaque que este torrão caririzeiro já presenciou jogar.
João Paulo França, 12 de maio de 2020.
Fontes:
ANOTANDO FUTEBOL.
Disponível em: https://anotandofutbol.blogspot.com/2016/12/outros-times-potiguares.html?m=1. Acesso em 12 mai. 2020.
BLOG DE LENIVALDO. www.blogdelenivaldoaragao.com.br/2019/08/ypiranga-abriu-as-portas-para-o.html Acesso em 12 mai. 2020.
FOLHA DE SÃO PAULO. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u69669.shtml. Acesso em 12 mai. 2020.
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Disponível em: https://www.galaticosonline.com/noticia/27/04/2020/91521,idolo-do-bahia-robgol-relembra-fase-artilheira-e-historias-da-parceria-com-nonato.html. Acesso em 12 mai. 2020.
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janeiro de 2001. Acesso em 12 mai. 2020.
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PÁGINA ROBSON ETERNAMENTE
ROBGOL. Disponível em: https://www.facebook.com/pg/robsoneternamenterobgol/photos/?tab=album&album_id=761999920529863&ref=page_internal Acesso em 12 mai. 2020.
PAYSANDU. Site Oficial. Disponível em: http://www.paysandu.com.br/noticias/5861/para-ficar-sempre-perto-do-paysandu-torcedor-supera-dificuldades-de-locomocao?pagina=155. Acesso em 12 mai 2020.
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TERCEIRO TEMPO. Disponível
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