"Ó abre alas, que eu quero
passar, eu sou da lira não posso negar" (Chiquinha Gonzaga - 1889) ....
"Oh jardineira, por que estás tão triste... mas o que foi que te
aconteceu? (Benedito Lacerda e Humberto Porto - 1939) ... "Bandeira
branca, amor, não posso mais, pela saudade, que me
invade eu peço paz" (Max Nunes e Laércio Alves - 1970) ...
músicas de tempos e carnavais diferentes que dezenas de gerações entoam pelo
Brasil, e que não é diferente em Barra de São Miguel - PB.
Ao
longo dos anos, no período carnavalesco, de diferentes formas os barrenses se
encontram e se confraternizam. Vejamos uma bela imagem de um grupo local,
pousados para a fotografia próximos à instrumentos musicais de orquestra:
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Fotografia 1 - Grupo em imagem panorâmica |
Para melhor visualizarmos os animados foliões, ampliamos a imagem em duas direções, iniciemos pelo lado esquerdo:
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Ampliação do lado esquerdo da fotografia 1 |
Nesta imagem vemos inicialmente o Sr. Otacilio (primeiro homem sem camisa à esquerda), conhecido folião local. Ao lado do mesmo está a Sra. Zuleuza e o Sr. Pedrosinha, seu esposo. Por fim, vejamos os detalhes dos foliões do lado direito da fotografia 1:
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Ampliação do lado direito da fotografia 1 |
Com certeza, diferentes personalidades locais estão presentes nesta bela imagem. Nos auxilie a identificá-las. Entre os foliões, vemos o Sr. Pedrinho Pedrosa e sua esposa.
Como nosso site sempre busca registrar as histórias locais e sua relação com os acontecimentos gerais, segue um breve resumo acerca da história do carnaval, escrita por Anísio Renato de Andrade:
O Carnaval: sua origem e significado
A origem do Carnaval é um pouco obscura. Há quem afirme que a mesma
esteja relacionada às homenagens à deusa Ísis no Egito, por volta do ano
4000 a.C. Porém, é mais concreta a ligação com as festas gregas ao deus
Dionísio em 600 a.C. e às festas romanas ao deus Baco (deus do vinho),
chamadas bacanais. Eram festas pagãs, incluindo orgias que se faziam em
homenagem aos deuses como agradecimento pelas colheitas. Eram realizadas
procissões que, com o tempo, se transformaram nos desfiles que
conhecemos.
ORIGEM
No ano 590 d.C., o papa Gregório incorporou o Carnaval ao calendário
das festas cristãs. Sabendo que a Quaresma é um período de quarenta dias
de jejum e santificação entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa, o
Carnaval foi oficializado como uma festa que se realiza antes da
Quaresma. Devido ao fato de que, no período seguinte, o católico não
poderia comer carne, tudo seria consumido nos dias antecedentes, mesmo
porque não existiam geladeiras para que pudessem guardá-la. Então, era
uma espécie de “despedida da carne”. Em latim, a festa era chamada
“carne vale”, que significa “adeus à carne”.
As pessoas comiam carne até vomitar e bebiam até cair. Antes da
santificação da Quaresma, as pessoas se entregavam também à liberação
geral dos costumes, cometendo todo tipo de pecados, principalmente
sexuais.
Na Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis iam à igreja católica (e muitos
ainda vão) para receberem um pouco de cinza na testa, enquanto ouviam o
padre dizer em latim: “Memento homo, quia pulvis es, et in pulverem
reverteris” (Lembra-te homem, que tu és pó e ao pó voltarás).
MODIFICAÇÕES E DIVERSIDADE – Influências italianas e francesas
Com o passar do tempo, o Carnaval foi modificado e incrementado por
contribuições de vários países, principalmente da Itália e da França.
Jogos, brincadeiras, músicas, danças, fantasias, uso de máscaras e
carros alegóricos foram acrescentados à festa. Na idade média surgiu o
costume da inversão de papéis sociais durante o Carnaval. Os nobres se
vestiam de pobres e os pobres se vestiam de ricos. Entre os pobres era
eleito um rei, que seria morto ao final dos festejos. Assim surgiu o rei
momo. Entre as inversões do período, muitos homens se vestiam de
mulheres.
O ESTRUDO
Em Portugal, a festa recebeu o nome de estrudo. Essa palavra vem da denominação de bonecos gigantes. Durante o estrudo,
as pessoas com boa condição financeira jogavam água com perfume umas
nas outras. Os mais pobres jogavam água suja, urina, água com fezes,
ovos podres, laranjas podres, restos de comida, etc. Com o passar do
tempo, tornou-se comum a ocorrência de violência sexual durante aqueles
dias.
CARNAVAL NO BRASIL
Os portugueses trouxeram o Carnaval para o Brasil no século 16. Aqui,
os festejos foram incrementados com o samba, o frevo, o maracatu e,
recentemente, com o axé e o funk. Embora não seja uma festa
originalmente brasileira, o Brasil o abraçou e o adotou de tal forma,
que hoje é conhecido como “o país do Carnaval”. A festa tornou-se uma
das principais atrações turísticas da nação, movimentando uma indústria
milionária todos os anos.
Sigamos brincando e construindo novas histórias de carnavais, sem perder nossas raízes culturais e históricas.
João Paulo França, 09 de fevereiro de 2018
Fonte:
Acervo e informações de José Clemilton Truta
Site: lagoinha.com. "Carnaval: sua origem e significado". Disponível em: http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/o-carnaval-sua-origem-e-significado/ . Acesso em 09 de fevereiro de 2018.
Site: toda materia.com. "Chiquinha Gonzaga". Disponível em: https://www.todamateria.com.br/chiquinha-gonzaga/. Acesso em 09 de fevereiro de 2018
Site: Glaydson Lammarck" A história de uma mulher e sua Bandeira branca ( Dalva de Oliveira)". Disponível em: http://glaydsonlammarck.blogspot.com.br/2011/05/historia-de-uma-mulher-e-sua-bandeira.html. Acesso em 09 de fevereiro de 2018.
Site: GGN. "A autoria de Jardineira. Disponível em: tps://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-autoria-de-a-jardineira. Acesso em 09 de fevereiro de 2018.
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